Sobre

O que fazemos ?

Um grupo de portugueses/as e brasileiros/as motivados/as e formados/as para ajudar, em vários domínios da vida (saúde, social, escola, etc …), as pessoas que falam português.

A quem se destina ?

A todas as pessoas que falam português independentemente das nacionalidades, religiões ou opções políticas.Para as instituições públicas ou privadas (portuguesas e suíças) que nos solicitem.

Onde ?

No cantão de « Vaud ».

Histórico

Entrelaçar é uma Associação sem fins lucrativos. Foi constituída a 7 de Outubro de 1996, de acordo com o artigo 60 e seguintes do Código Civil suíço. Entrelaçar não tem qualquer envolvimento em partidos políticos ou práticas religiosas. O objectivo geral que prossegue, como consta dos seus Estatutos, é de melhorar o acesso das pessoas lusófonas às estruturas médico-socias, educativas e jurídicas do Cantão de Vaud, favorecendo a sua integração na Suíça.

A Associação foi criada em 1996, mas com antecedentes que remontam já a 1991. Nesta época, o Serviço da Saúde Pública encontrou-se perante uma situação preocupante em matéria de planeamento familiar e de prevenção SIDA, no seio da comunidade portuguesa. Trata-se sobretudo de mulheres jovens, na sua maioria recém-chegadas à Suíça, e com insuficientes conhecimentos da língua francesa, consequentemente, mal integradas na comunidade de acolhimento. As estatísticas apresentavam, com efeito, uma forte procura de interrupção da gravidez, entre estas jovens mulheres portuguesas migrantes. Foi então que, com o apoio médico do Cantão, uma das respectivas adjuntas empreendeu um trabalho de “pesquisa-acção” sobre as gravidezes não desejadas, no seio desta comunidade. Este tipo de trabalho teve um duplo objectivo: identificar as causas do problema, primeiro, e, em seguida, encontrar os meios que produzissem as melhorias necessárias. Ou seja: investigadores e intervenientes que colaborassem no terreno em estreita união./p>

Este trabalho permitiu pôr em evidência as dificuldades que podem encontrar os migrantes não francófonos para se conseguirem orientar nos meandros das Instituições e Serviços administrativos. A barreira da língua e o receio de não se conseguir fazer entender, a perda das referências, a vergonha e, por vezes, o estatuto irregular são alguns dos obstáculos que o migrante tem de enfrentar para alcançar a ajuda e ou os serviços de que precisa.

Na prática, esta acção contou com a colaboração de algumas mulheres portuguesas bem integradas e que serviram de refúgio esclarecedor junto às suas compatriotas, desenvolvendo, em conjunto, reflexão sobre a temática da migração e sua conexão com a gravidez e com a oportunidade do nascimento duma criança. Esta opção permitia também abordar a importância da prevenção SIDA, sem chocar as mentalidades. Esta etapa da iniciativa desembocou na constituição dum grupo informal chamado “ Grupo voluntário de apoio à mulher de língua portuguesa – GVAMP”. O GVAMP conheceu rápida dinamização e conduziu a discussão destes assuntos no seio dos centros recreativos e culturais portugueses, com o apoio dos seus respectivos “Comités”. Foram, desde então, notáveis os progressos alcançados.

Estas intervenções trouxeram à luz do dia outros problemas ligados aos anteriormente expostos. Por exemplo: problemas de alojamento; autorização de permanência no país; de emprego; da escolarização dos filhos. Progressivamente, esta actividade e estes contactos permitiram estreitar laços de confiança (Entrelaçar), dando lugar a uma clarificação das solicitações, não apenas por parte dos lusófonos, mas igualmente por parte dos profissionais da saúde e do social, que tratam com a comunidade.

Foi, portanto, a verificação da emergência e da diversificação desta nova procura que levou os membros do GVAMP a constituir a Associação Entrelaçar em 1996, com o apoio do Serviço de Saúde Pública. Conservando sempre em primeiro plano esta preocupação inicial de promoção da saúde e de prevenção da SIDA, a nova Associação foi criada com propósitos alargados, para poder responder, na medida dos seus meios, aos diferentes tipos de problemas apresentados pela comunidade lusófona, e que se foram evidenciando a partir do momento em que o GVAMP iniciou a sua pesquisa.

Estes objectivos estão previstos no artigo 2° dos Estatutos da Entrelaçar e correspondem às actividades enumeradas neste site, no “menu”: Serviços ?